sábado, 14 de novembro de 2009

Química Aplicada / Extra-classe [3º Período]

Aços 10 vezes mais resistentes à corrosão são criados pela nanotecnologia

Camadas de óxidos que se formam sobre peças metálicas são uma excelente proteção contra a corrosão. Mas não são perfeitas. Apesar desses óxidos formarem verdadeiras "escamas" sobre as peças feitas com ligas metálicas, moléculas contendo carbono acabam por "escorregar" por entre essas escamas e chegar até a liga metálica, iniciando o processo de corrosão.
Até agora se acreditava que o processo de corrosão começava devido a fraturas e trincas na camada protetora de óxido. A difusão de carbono no revestimento de óxido é desprezível, mas de alguma forma ele consegue chegar à liga metálica.

Nanopartículas inimigas
Cientistas do Laboratório Argonne, nos Estados Unidos, descobriram que o inimigo está infiltrado na própria camada protetora de óxido. "Uma rede contínua de nanopartículas metálicas permite que o carbono se dissolva e difunda através das camadas protetoras de óxido sem a necessidade de uma fissura ou poro," explica o engenheiro Ken Natesan.
Para descobrir e rastrear essa rede de nanopartículas de ferro e níquel incorporadas na camada de óxido, os pesquisadores utilizaram três ferramentas diferentes - a análise por nanofeixes de raios X, um microscópio de força atômica e um microscópio de rastreamento eletrônico.
O carbono consegue se difundir rapidamente ao longo dessas redes de nanopartículas metálicas e criar uma rota que não depende de defeitos na camada de revestimento para que ele chegue até a liga metálica.


Aços 10 vezes mais resistentes à corrosão
Com base na descoberta, os pesquisadores desenvolveram um novo revestimento, livre das nanopartículas metálicas, que aumentou em 10 vezes a vida útil de ligas metálicas disponíveis comercialmente.
O novo sistema de revestimento e proteção contra corrosão é de especial interesse sobretudo para as indústrias química e petrolífera. E certamente terá impacto também no desenvolvimento das células a combustível a hidrogênio, cujas altas temperaturas de funcionamento e a exposição constante à água as tornam particularmente sensíveis à corrosão.
Fonte: Inovação Tecnológica

Segundo a Professora Valderez, a PETROBRAS pretendia instalar um laboratório de corrosão na UFERSA, porém, como sempre, a universidade não continha em seu corpo docente um profissional qualificado para tomar conta do mesmo, lamentável!

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